segunda-feira, fevereiro 16, 2015

“E se soubéssemos o dia da nossa morte?”


Essa semana nossa comunidade foi pega de surpresa, com a morte repentina de um grande amigo: Mauro Sérgio Mainardi; um funcionário público que lutava pela classe, uma pessoa de semblante calmo, inteligente, mas de opinião forte; tinha virtudes que serão lembradas por todos, por vezes em vida passam despercebidas. Fui professor do Maurício... que pai de verdade era ele!
Toda a comunidade começou a refletir, pelo menos naquele dia, do quanto nossa vida é frágil, que essa passagem terrena pode ser curta para alguns, e que a vida deve ser vivida da melhor forma possível, não sabemos quando “partiremos dessa”!
A morte parece não ser para nós. Temos a impressão de que ela só chega para os outros e uns tem medo, outros respeitam, outros fogem e outros aceitam como o nosso único destino que já sabemos desde que nascemos. Com certeza, se soubéssemos a hora do fim, o mundo não seria como é.
Pode ser que o tempo que ficamos por aqui sirva de lição para muita coisa, pode ser que não sirva para nada. Vivemos intensamente, mas não morremos com a mesma coragem. Temos a bravura de levantarmos cedo, sair de casa e enfrentar a vida, mas não exercitamos jamais o enfrentamento da morte. Não gostaríamos de ficar por aqui por muito tempo, já que por aqui aprendemos todos os dias e aprender cansa e desgasta. Nem nós sabemos o que queremos de verdade, nem muito a vida, nem muito a morte.
Uma palavra mal colocada, um pensamento mal elaborado, julgamentos precipitados, pessoas e mais pessoas que cruzam as nossas vidas. Muita gente vai passar por nós e fará a diferença, ensinará coisas, nos servirão de referência e serão grandes amigos. Outras tantas irão passar pela gente para nos ensinar o perdão, o poder da desculpa, servirão para nos mostrar que somos capazes de aguentar as mais inesperadas decepções, nos ensinarão sobre a falsidade também terão grande valor nessa passagem. Mudar, evoluir e melhorar podem ser sinônimos no papel, mas na prática não é bem assim. Por vezes essas palavras não se encontram e há os que conseguiriam regredir, talvez algumas pessoas se tornariam mais rancorosas e exerceriam a maldade a qualquer custo.
Por outro lado, talvez fosse um último recurso para que existisse mais perdão, mais tolerância; as pessoas iriam buscar reconciliação em vida, iriam ignorar futilidades, não iam deixar para ficarem se lamentando depois que o outro morresse.
Bem amigos, é um assunto delicado, mas quem sabe seja a hora de mudarmos, mesmo sem saber o dia ou a hora que iremos "dessa para uma melhor", vamos elogiar mais, sorrir mais e deixar boas lembranças, essas sim valem a pena. Os amigos vão e nossa hora, Deus que sabe!

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