Reflexões de um professor!
Vida de professor cumpre ciclos… difícil dizer qual o
mais emocionante, mas dentre eles, com certeza, o fim de trimestre é o mais
cansativo. Sobretudo quando se trata de fim de ano!
Nas últimas duas semanas tenho aplicado provas e
avaliações. Tem aluno que até chora. Nessa época surgem tentativas de subornos
mentais, “melhor professor do mundo, vou passar né”. Mas também há os alunos
mais ousados, que já “chegam chegando”, perguntando: “o sor vamos negociar”,
claro que é tudo brincadeira, mas a vida de um professor é permeada de
situações inusitadas
É assombroso pensar que no fim das contas a única coisa
que importa é a nota final, o conceito final e… tchau! De certa maneira, o
processo de formação, seja no nível médio seja no superior, não visa o
percurso, o aprendizado, mas tão somente o “passei?”.
Nós professores caímos no redemoinho da dinâmica pedagógica. A
escola é uma empresa. Clientes,
produtos, serviços. A lógica é orientada ao final do processo, a aquisição de
um pedaço de papel que dá o start a outros processos, sejam acadêmicos
sejam profissionais. Eu sei disso. Tento fugir disso… tento.
Mas serei honesto, tem muito aluno que se preocupa.
Muito aluno que busca algo além do mínimo necessário. O grande problema (se é
que isso é um problema) é que tem mais, muito mais, alunos apenas flutuando ao
sabor do vento. É ai que meu
idealismo borbulha. Entra em ebulição ao contato com a fervilhante
realidade do utilitarismo ao qual a escola está inserida.
Nem ligo para os marxistas de plantão que não sabem mais
que remoer velhas ideias que nunca tiveram lugar. O que menos se tem na
Educação é a ousadia de romper com as teias de aranha, sem com isso cair no
neoliberalismo, educação não é passa tempo, é um ganha tempo quisera ter mais
tempo para repensar a Educação!
Talvez nas férias eu pare um pouco para pensar em como
compreender a Educação… quem sabe eu possa dar um sabor de verdade àquele
ritual cotidiano regado a saliva e grafado a giz… quem sabe?! Sou um pensador,
um sonhador...
Amigos, o certo é que há muitos talvez, e ou só um
talvez, um ciclo termina outro inicia, tento sempre ser animado e com muitas
novidades. Na rua, quem sabe onde me encontrar, me chame prá jogar conversa
fora ou aquele papo cabeça do “Mestre dos Números”.
Sociedade só queria nessa angústia que soubessem, sou um
professor... quero valor e respeito, pois ainda não cansei de projetar e
alimentar os sonhos daquelas pessoas mais especiais que tu tens... teus filhos!
Pensem nisso!
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